Sergipe em Dança: homenagens e reestreia espetáculo no Vila Isaura
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- Criado em Segunda, 21 Abril 2025 12:31
Na última quinta-feira, 17, o Restaurante Vila Isaura se transformou em palco para uma noite marcante da dança sergipana. A 3ª edição do projeto Sergipe em Dança, idealizado por Everaldo Pereira em parceria com a Nu Tempo Dance Company, homenageou essa jornalista, personalidades e agentes culturais que impulsionam o cenário criativo do Estado.
O ponto alto da noite foi a reestreia de Feira dos Cajus, espetáculo da Nu Tempo que encantou o público com uma nova leitura da montagem original de 2021. Sensível e vibrante, a apresentação confirmou o fôlego criativo da companhia e antecipou a temporada que estreia em maio.
Na ocasião, tive a honra de ser homenageada pelo trabalho desenvolvido na comunicação da companhia e ao lado de Everaldo Pereira, um reconhecimento que recebi com alegria, gratidão e carinho.
A iniciativa, contemplada pelo Edital Paulo Gustavo, conta com apoio da Funcap, Secretaria de Estado da Educação e Cultura, Governo de Sergipe, Ministério da Cultura e Governo Federal.
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Limpeza pública sob suspeita: Nossa Senhora do Socorro troca empresa regular por investigada e mergulha em crise sanitária e de gestão
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- Criado em Quarta, 09 Abril 2025 20:22
A cidade de Nossa Senhora do Socorro, segunda maior do estado de Sergipe, está no centro de uma tempestade administrativa que mistura suspeitas de favorecimento, quebra de contratos, insegurança jurídica e degradação dos serviços públicos essenciais. O alvo das críticas? A troca repentina da empresa responsável pela coleta de lixo no município.
A Torre Empreendimentos, vencedora da Concorrência 002/2023 e contratada oficialmente por meio do Contrato 56/2024, vinha realizando a limpeza pública da cidade dentro dos parâmetros legais e técnicos, conforme as exigências da Lei 8.666/93. O contrato, com prazo inicial de 12 meses, previa prorrogação por iguais períodos até o limite de 60 meses — algo comum em contratos públicos.
Apesar da execução elogiada dos serviços, a empresa passou a enfrentar um obstáculo inesperado: a inadimplência da própria Prefeitura. Diversas notas fiscais deixaram de ser pagas, forçando a empresa a suspender temporariamente a coleta de entulhos. A situação gerou desconforto na população, levando a nova gestão municipal, em janeiro deste ano, a divulgar vídeos e matérias informando que havia chegado a um entendimento com a empresa e que os serviços seriam retomados.
Com o fim do primeiro ano de contrato, a Secretaria de Serviços Públicos do município demonstrou interesse em prorrogar a parceria com a Torre. Para isso, solicitou o envio de certidões e documentos legais. A empresa respondeu positivamente, encaminhou toda a documentação - incluindo certidões negativas de débito, de falência, concordata e indicadores financeiros extraídos do seu balanço contábil. Na ocasião, foi solicitado o reajuste contratual, conforme previsto na legislação.
O município voltou a solicitar novos documentos e afirmou que o termo aditivo já estava sendo finalizado. Mas, surpreendentemente, a renovação não aconteceu. No lugar disso, surgiram outras empresas contratadas emergencialmente — e é nesse ponto que a história ganha contornos ainda mais preocupantes.
Sempre com profissionalismo, eficiência e respeito, a Torre mantinha Socorro limpa
Foto: Instagram da Torre Empreedimentos
TROCA DUVIDOSA
Uma das novas contratadas pela Prefeitura de Socorro é investigada pela Polícia Federal da Bahia na Operação Overclean, que culminou na prisão de um empresário apelidado de “Rei do Lixo”. O processo (nº 1006315-79.2025.4.01.3300), em trâmite na Justiça Federal, trata de esquemas envolvendo contratos públicos de limpeza urbana. Não bastasse, essa mesma empresa é acusada de ser “fantasma” em investigação de 2021 no município baiano de Tanquinhos.
Pergunta-se: que tipo de segurança jurídica essa nova empresa oferece ao município que a Torre não oferecia?
Além disso, a coleta em Nossa Senhora do Socorro estaria sendo realizada com caminhões basculantes em vez de compactadores, desrespeitando normas ambientais e operacionais básicas para transporte de resíduos sólidos urbanos. Não há, até o momento, registros de licenças da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) para esses veículos.
Também há relatos de que o lixo está sendo transbordado clandestinamente às margens da BR-101, próximo à entrada de Laranjeiras. O local é licenciado? A Adema foi notificada? A sociedade merece respostas.
FALTA TRANSPARÊNCIA, SÓ RESTAM PERGUNTAS
Se o município identificou alguma irregularidade na documentação da Torre, por que isso não foi informado publicamente? Existiam, de fato, ordens judiciais de bloqueio financeiro contra a empresa ou apenas suposições de eventos futuros?
O mais grave: houve negociação real com a Torre para manter os serviços e garantir o menor preço, conforme exige a Lei? Ou simplesmente se ignorou esse direito legal e contratual em favor de decisões unilaterais?
Ao dispensar uma empresa com contrato vigente e substituí-la por outra sob suspeita, a gestão de Nossa Senhora do Socorro não só mergulha em possíveis ilegalidades, como arrisca o bem-estar e a saúde da população. Hoje, a cidade enfrenta perda da qualidade no serviço de limpeza pública, ausência de transparência e suspeitas que precisam ser investigadas com rigor.
Com a palavra, a Prefeitura de Nossa Senhora do Socorro. A população aguarda.
Michelly e David Fonseca inauguram o Cordel Culinária Regional
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- Criado em Quinta, 03 Abril 2025 14:21
No dia 28 de março, os empresários Michelly e David Fonseca escreveram um novo capítulo na cena gastronômica sergipana com a inauguração do Restaurante Cordel Culinária Regional. O casal, que já comanda o aprazível La Vista, no Iate Clube, agora mergulha de cabeça nas raízes nordestinas com um espaço que promete redefinir o conceito de cozinha autoral regional.
Com uma decoração cuidadosamente ambientada, o Cordel é mais que um restaurante—é uma viagem sensorial pelos sabores e tradições do Nordeste. A experiência começa pelo ambiente acolhedor, passa pelo som suave do voz e violão e se completa com um cardápio que transforma ingredientes frugais em delícias irresistíveis.
Entre os destaques do menu, criações que elevam a culinária nordestina a outro patamar: filé mignon na redução de rapadura com purê de castanha de caju, croquetes de carne de sol desfiada com queijo coalho crocante e um ousado petit gâteau "nordestinizado" de goiabada com sorvete artesanal de queijo. Cada prato é um tributo à riqueza dos sabores regionais, servidos com muita autenticidade.
“Nossa proposta é uma cozinha autoral e sensorial, que traduz o Nordeste em alma e excelência gastronômica. Queremos contar histórias através dos nossos pratos e proporcionar aos sergipanos e turistas uma experiência que vai além do sabor: um verdadeiro mergulho na cultura regional”, revela David Fonseca.
Um convite irresistível para quem busca sofisticação sem perder a essência, o Cordel Culinária Regional chega para consolidar Aracaju como um destino obrigatório para apreciadores da boa mesa. Afinal, o Nordeste pulsa forte aqui—e agora também no paladar.
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Vinhos falsificados: uma ameaça perigosa invadiu Sergipe
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- Criado em Quarta, 26 Março 2025 06:35
Recentemente, uma grande operação do Ministério da Agricultura e Pecuária resultou na apreensão de aproximadamente 800 caixas de vinhos falsificados em Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba. No total, eram mais de 10 mil litros de bebidas adulteradas, comprometendo a saúde dos consumidores. Mas engana-se quem pensa que esse problema está restrito ao Sul do Brasil. Em Sergipe, essa realidade está mais próxima do que muitos imaginam – e eu mesma já fui vítima dessa fraude.
A tenebrosa experiência de beber um vinho falsificado
Frequentando restaurantes e festas particulares da alta sociedade sergipana, me deparei com vinhos que claramente não correspondiam ao que era anunciado. A surpresa desagradável veio no primeiro gole: um sabor estranho, falta de equilíbrio, a sensação de estar bebendo algo sem os devidos cuidados de armazenamento e procedência. Como amante de vinhos, sempre busquei produtos de qualidade, honestos, mas percebi que mesmo em ambientes sofisticados, estamos vulneráveis ao golpe dos vinhos falsificados.
Essa prática não só engana o consumidor, mas também afeta todo o mercado formal de importação e venda de vinhos. O Consulado da República Argentina em Salvador e a Câmara Empresarial de Comércio Argentina Bahia (CECAB) alertam que o contrabando e a falsificação não apenas representam um risco à saúde pública, mas também prejudicam a economia dos países produtores e dos comerciantes brasileiros que operam dentro da legalidade.
Angélica Zapata: o original é inconfundível e o sabor, sem igual! Ícone da vinicultura argentina, passa 18 meses afinando sua complexidade e elegância em barricas novas de carvalho francês. Fica a dica: em terra de falsificados, olhe os detalhes pra não cair na cilada. Os restaurantes sergipanos, segundo os experts, estão vendendo "gato por lebre" e eo Angélica estão na lista dos mais contrabandeados no Estado. Degustar o verdadeiro é uma experiência que celebra a tradição e a maestria. Saúde e cheers à autenticidade! Foto: Madalena Sá
O alerta do especialista
A lógica do crime é clara: os vinhos ilegais são vendidos por menos de 40% do valor do produto oficial, criando uma concorrência desleal que impacta desde o produtor e exportador até os donos de lojas, supermercados e restaurantes que seguem as normas. Além disso, muitos consumidores desconhecem que esses vinhos podem estar adulterados ou mal armazenados, comprometendo não só o sabor, mas também a segurança alimentar.
Fernando Almeida, da Vinhedo Adega, acompanha de perto os impactos desse mercado clandestino e faz um alerta. "Tudo muda: a graduação alcoólica, o rótulo, você nunca sabe o que está bebendo. Um DV Catena da vinícola Catena custa na minha loja R$289, mas no mercado do contrabando e das falsificações, acredito que seja vendido por até 40% menos. O Alma Negra custa R$199, mas já tive cliente que comprou das mãos de falsificadores, que agem até por canais de WhatsApp, por R$120", explica. Para ele, essa prática vai além da ameaça ao comércio legalizado – trata-se de uma exposição ao risco e ao ilícito.
Alma Negra: o falso é gritante com as diferenças nos rótulos, tamanho da garrafa e e os detalhes da importadora Mistral
Fotos: Madalena Sá
O mais preocupante é como esses vinhos chegam ao consumidor. "Muita gente acha que está fazendo um ótimo negócio ao pagar menos por um rótulo famoso, mas, na verdade, está comprando um produto de origem duvidosa, sem garantia de procedência e do líquido que está na garrafa", ressalta Fernando. Ele reforça a importância de valorizar os rótulos legítimos e os terroirs que fazem da vinicultura uma experiência única.
DV Catena Malbec Malbec: uma explosão de especiarias, cereja, taninos macios e complexos, equilibrado. No rótulo, observem os selos de autenticidade, hologramas e informações em português
Foto: Madalena Sá
Um problema que exige atenção e fiscalização
Será que estamos consumindo rótulos, e não os sabores, os terroirs, a cultura – tudo aquilo que está engarrafado e faz a alegria dos verdadeiros apreciadores de vinho?
Seja esperto: é essencial estar atento a alguns sinais que ajudam a identificar se um vinho foi contrabandeado ou falsificado:
Preço muito baixo : se um vinho está com um preço muito inferior ao habitual, desconfie. Não existe milagre quando o assunto é qualidade.
Contrarrótulo em português: a legislação exige que toda garrafa importada tenha um contrarrótulo em português. Se não tiver, há algo errado.
Registro do MAPA: toda bebida formalizada no Brasil deve ter um número de registro no Ministério da Agricultura e Pecuária, garantindo que passou por testes de qualidade.
Embalagem e vedação: Rolha mal ajustada, lacres rompidos ou acabamento descuidado são sinais de alerta, especialmente em espumantes.
Consumir um vinho falsificado pode ser frustrante, mas o mais grave é o impacto que isso pode ter na saúde. O ideal? Comprar sempre de fontes confiáveis, estar atento aos detalhes e evitar cair nesse tipo de golpe. Em Sergipe e em todo o Brasil, é necessário um controle mais rígido para que consumidores não sejam enganados – e, mais do que isso, para que a cultura do vinho seja respeitada como merece.
Fiquei apaixonada e trouxe na minha mala um Gran Famiglia Bianchi, direto de Menodoza, Argentina, respeitando todas as regras da Alfândega! Superbacana observar que mesmo aqueles que não passam pela fiscalização sanitária brasileira vêm com rótulos e detalhes alinhados às normas internacionais. Essa padronização realmente facilita a identificação e demonstra um certo cuidado, né?
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